O registro da Delegacia Regional do
Trabalho(DRT) é a prova da habilitação para o exercício de determinada
profissão que possua regulamentação mas não órgão fiscalizador. As atividades
de artistas e técnicos em espetáculos de diversão foi regulamentado pela Lei
6.533/79, reunindo 58 categorias, dentre elas as de bailarino, dançarino e
coreografo. Para obter o registro, além de alguns documentos pessoais é
necessário possuir comprovação de qualificação profissional que pode ser por
diploma ou Atestado de Capacidade Profissional.
No caso da Dança do Ventre
realizamos junto ao Sindicato dos Profissionais de Dança uma avaliação que,
aqui no Estado do Rio de Janeiro, consta de uma parte teórica, bastante básica,
e uma parte prática – que seria a apresentação de uma Rotina Clássica Oriental, com
música sorteada no momento da prova. Dessa forma é possível avaliar o
conhecimento da estrutura da música clássica, conhecimento de ritmos e
folclores, a interpretação de instrumentos, expressão nos diversos humores
presentes na música, postura, etc. Aprovada nessa avaliação, a bailarina recebe
seu Atestado de Capacidade Profissional e está apta a obter sua habilitação
para o exercício da profissão “Dançarina”, como fica registrado em nossa
carteira de trabalho. Porém é importante estarmos atentas ao fato de que a
habilitação é para “Dançarina”, não para professora ou coreógrafa. Porém, atualmente, há o entendimento de que o DRT também habilita para a realização das outras atividades de forma profissional.
Além disso, existem alguns cursos que visam
preparar professoras, dentre eles destaco a graduação e pós-graduação em dança, os CQIDs, curso técnico do Shiva Nataraja e o curso do Método
Acadêmico Suheil. Embora sejam cursos de inquestionável qualidade, posso
afirmar que é pequena a parcela de professoras que os fizeram. Com isso, a tarefa docente em Dança do
Ventre exige imensa responsabilidade por parte dos profissionais que se dedicam
a isso. É necessário estudar, além de técnicas de dança, cultura, geografia e
história dos países árabes e folclores, metodologias de ensino, anatomia,
técnicas de alongamento e aquecimento... É preciso estudar para sempre, tendo em
mente que para ensinar temos que ser eternas alunas. Também necessitamos de uma
boa dose de criatividade! Este é um ponto, necessário ao profissional
professor.
Tenha sempre em mente a responsabilidade que lhe cabe ao ensinar dança, tanto pela questão corporal (movimentos feitos de forma errada podem provocar lesões), quanto pela questão cultural. Estude sempre!
Tenha sempre em mente a responsabilidade que lhe cabe ao ensinar dança, tanto pela questão corporal (movimentos feitos de forma errada podem provocar lesões), quanto pela questão cultural. Estude sempre!