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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A exemplar história de Mahmoud Reda e sua Trupe



Não podemos falar da dança no Egito nos últimos 50 anos sem falar do Grupo Reda. Esse grupo provocou grande impacto no Egito em seus aspectos artístico, social e cultural, com suas elaborações coreográficas inovadoras e criativas que se propuseram a levar ao palco o folclore egípcio de forma adaptada aos espetáculos.
O Grupo Reda começou como uma questão de família. Os Redas e Fahmys foram reunidos através do casamento - de Mahmoud Reda e Nadeeda Fahmy, irmã de Farida e mais tarde o casamento desta com Ali Reda, irmão de Mahmoud. Ambas as famílias tinham interesses em comum pela dança e tradição e cultura Egípcias. O sonho de Mahmoud Reda em apresentar um novo gênero de dança e forte desejo de Farida Fahmy por dançar foram o catalisador para uma bem sucedida e satisfatória empresa  artística. Mahmoud Reda foi bailarino principal até 1972. Ele ensinou os dançarinos e coreografava e dirigia todas as performances de palco. Com suas coreografias inovadoras, criou um gênero de dança que misturava vários estilos. Farida Fahmy foi bailarina principal por 25 anos. Ela era um modelo para os bailarinos contratados, e sua graça e elegância logo conquistaram os corações dos egípcios.
Mahmoud Reda
Mahmoud Reda nasceu no Cairo em 1930 em uma grande família de classe média. Seu pai foi autor e bibliotecário-chefe na Universidade do Cairo e, com sua esposa, teve uma família que estava imersa em sua herança cultural e em sintonia com o modernismo que estava varrendo o Egito na época. Era uma família com inclinação para atletismo e música.
O ambiente em que Mahmoud Reda cresceu foi um instrumento para a promoção de suas tendências artísticas. Foi nadador profissional, tendo desistido da profissão por considerá-la monótona. Mais tarde foi ginasta, tendo sido membro do time de ginástica que representou o Egito nas olimpíadas de 1952 em Helsinki. Nos anos 50, após assistir uma apresentação de uma companhia de dança folclórica Argentina, foi convidado a ser bailarino integrante, tendo viajado por diversos locais dançando com eles. Começou então a pensar a respeito da possibilidade de criar sua própria companhia, apresentando o folclore egípcio.
O frutífero ambiente familiar, os atributos físicos e sua criatividade foram grandes determinantes para sua carreira como bailarino.
Sua primeira esposa, Nadeeda Fahmy inspirou e encorajou Mahmoud Reda para perseguir suas ambições artísticas, e desenhou os figurinos para os primeiros shows da trupe. Os figurinos eram tão inovadores que são, até os dias de hoje, copiados por outras pessoas.
Ali Reda
Ali Reda, irmão de Mahmoud, foi um experiente homem no mundo do show business. Aos 16 anos já ganhava prêmios de dança em competições que eram populares na época, destacando-se em danças como o swing e o jitterbug, tendo sido, por isso, uma grande inspiração para Mahmoud Reda. Mais tarde voltou sua carreira para o cinema.
Nos anos de formação do Grupo Redaele atuava como conselheiro artístico e atendia a todos os problemas administrativos e gerenciais.
Dentre outros, dirigiu dois filmes no gênero de comédia musical para o Grupo RedaEsses filmes são hoje considerados como pedras angulares da história do cinema egípcioe são mostrados na televisão até os dias atuais.
A experiência anterior de Ali Reda em show business e sua forte personalidade foram fatores importantes no que diz respeito ao desenvolvimento bem sucedido da trupe.
 Uma importante decisão sua foi introduzir a música inovadora e extremamente atraente do Maestro Ali Ismail para o Grupo RedaAli Ismail combinou instrumentos ocidentais com instrumentos tradicionais egípcios, e apresentou a música tradicional com uma abordagem nova e fresca. Ele era um trunfo importante para a trupe e logo se tornou um compositor de renome no Egito. Suas composições têm inspirado muitas gerações de músicos egípcios a seguir seus passos.
Farida Fahmy
Seu pai, Hassan Fahmy, professor de engenharia industrial na Universidade do Cairo, era um homem excepcionalmente tolerante, que juntamente com sua esposa, estimulava as tendências artísticas e atividades esportivas de suas filhas. Resistiu às críticas dos anciãos da família e dos círculos acadêmicos quando permitiu que Farida se tonasse bailarina profissional. Assim, ele desempenhou um papel importante na legitimação da situação de dança profissional em um momento em que era considerada uma profissão de má reputação. O incentivo moral da dança de sua filha legitimou sua carreira de bailarina aos olhos dos egípcios e continua sendo, até hoje, um feito extraordinário. Sem dúvida, a sua personalidade carismática, sua posição social, bem como seus pontos de vista tolerantes exerceram uma profunda influência sobre a percepção do público deste esforço.
Farida nasceu em 1940, no Cairo, e por volta dos 18 anos, entrou para uma escola de Ballet. Foi uma das responsáveis por elevar dança e teatro egípcios ao nível das mais conceituadas artes. Seu estilo únicograça e elegância inspiraram gerações de bailarinos, fazendo com que ganhasse a admiração de seu público no Egito e no exterior. Sua dedicação, trabalho duro, disciplina e compromisso com a trupe criaram um modelo que foi imitado por gerações de dançarinos.
Mesmo enquanto atuava no Grupo Reda ela continuou estudando. Recebeu o título de Bacharel em Artes em Literatura Inglesa pela Universidade do Cairo em 1967, e seu título de Mestre em  Artes em Etnologia da Dança, pela Universidade da Califórnia em Los Angeles. Sua imagem social e carreira artística, juntamente com suas realizações acadêmicas, faz crescer a visão positiva com relação a bailarinas atualmente.
Farida começou a dar aulas e workshops por volta do ano 2000, viajando pela Europa, Estados Unidos e América do Sul.
Reda Troupe
Foi fundada em 6 de agosto de 1959. Farida Fahmy foi a primeira bailarina da trupe.
Os cofundadores do Grupo Reda juntaram seus recursos, e com um orçamento pequeno, apresentaram a primeira performance no mesmo ano. Esta foi feita sem grandes estudos, pois havia pouco tempo para que fosse apresentada. Contava com seis bailarinas, seis bailarinos, e doze músicos. Mahmoud elaborava os shows a partir de historias que criava. Um dos temas foi “A Flauta Mágica”. Neste espetáculo um menino se apaixonava por uma menina fellaha da vila, mas o pai dela não aceitava o romance. Então o menino tocava sua flauta para que o pai ficasse mais suave. Com isso ele dançava com a flauta e terminava por concordar como casamento.
Após o sucesso do primeiro programa, Mahmoud Reda teve tempo para sua pesquisa. Pegou um grupo de 5 ou 6 dançarinas e foi para o Alto Egito estudar o real folclore. Pegou câmeras, gravadores, alguém para escrever... Eles conversavam com as pessoas, anotando histórias, ideias e escrevendo as músicas. Assistiam as danças e gravavam as músicas. Começaram em Aswan e foram até o Cairo. Em cada cidade ficavam cerca de 3 a 4 dias. Após esse estudo, Mahmoud Reda começou a perceber pontos positivos, mas também alguns problemas, no folclore egípcio. Comparou este a um tesouro que ninguém descobriu, mas observou que há muitas repetições, ou nos passos ou na melodia. “Então, você tem um tesouro, mas ao mesmo tempo o material é pequeno. Você não pode pegar um passo e coreografar uma dança de 5 minutos para palco... Quando você assiste a coisa real você fica feliz porque você se une,  você pode cantar com eles,  você pode até mesmo bater palma com eles, então você se sente feliz. Mas se você compra um ingresso para um Teatro, você não espera ver isso... Você não pode pegar uma árvore ou uma casa de seu lugar e colocá-la no palco. Mesmo que você coloque os bailarinos reais no palco eles estranharão, não saberão como se comportar. É melhor você ir até eles, se juntar a eles e ser feliz. Mas no palco é diferente. Então eu digo que minha coreografia não é folclore, mas é inspirada no folclore.” Diz Mahmoud Reda.
Interessante observar a postura de Mahmoud Reda diante dessas novas possibilidades que estava criando. Dizia ele que, embora isto não seja regra, há um risco quando você se inspira a criar sua própria coreografia, pois, quando você muda algo, isso se torna outra coisa, e as pessoas podem não gostar. É preciso usar o seu gosto. E o que torna tão fascinante a criação artística de Reda se evidencia em sua seguinte fala: “Eu pego um passo e me imagino como sendo uma daquelas pessoas. Se eu fosse uma daquelas pessoas e quisesse fazer uma variação daquele passo, o que eu poderia fazer? (...) Então eu faço todas as variações possíveis para aquele passo. É como o desenvolvimento de língua árabe: se você não tiver sorte, então, torna-se Inglês. Não é bom. Se você tiver sorte, vai conseguir manter o espírito apesar das modificações que fez aos movimentos. Eu tive sorte. Então, eu fiz tudo o que pude. Coloquei variações do mesmo passo e ainda assim as pessoas o veem e se reconhecem neles.” (Mahmoud Reda)
Outro ponto digno de atenção a quem se propõe estudar essa história diz respeito ao que inspirava Mahmoud Reda e ao processo de criação em si. Dizia ele que a inspiração “vem do nada”. Se ao dirigir avistasse uma mulher com uma roupa bonita, isso o inspirava; se ouvisse uma história ou alguém contando uma piada, isso também o inspirava... No momento em que criou sua primeira performance não tinha o músico, mas havia ideias, passos e ideias para a coreografia. Havia os bailarinos a quem ensinava. Assim, ele criou quase que a primeira coreografia inteira sem música e quando encontrava alguém que tocava tabla, dizia as contagens e o ritmo para que pudesse prosseguir. Quando Ali Ismail foi apresentado por Ali Reda, Mahmoud o mostrou as danças. Foi quando Ali Ismail escreveu as contagens e começou a compor para a trupe. Houve, porém, algumas dificuldades, já que a contagem musical de um coreógrafo é diferente da contagem de um músico. Com isso foram compostas, inicialmente, músicas além do necessário. Mas a primeira dança foi feita assim: coreografada “primeiro no tabla e depois colocada na música”. Mais tarde, ao se conhecerem melhor, as ideias puderam ser realmente compartilhadas e alguns experimentos com passos puderam ser feitos com os ritmos que recebia de Ali Ismail. Quando terminava a composição ele dava a Mahmoud Reda uma versão gravada no piano, este ouvia, falava sobre ajustes que seriam necessários e utilizava a versão para coreografar. E então, quando Ali Ismail via a coreografia se inspirava para compor mais. Dessa forma, um se inspirava na criação artística do outro e criava mais. No caso de Ali Ismail, criava suas composições não só no piano, mas todo o arranjo. “Quando eu ouvia a orquestra, eu tinha mais ideias, e agora o violino dizia alguma coisa, o derbake dizia algo mais, então eu corrigia meu trabalho e colocava mais ideias. E foi assim. Fomos assim até que se encaixasse.” (Mahmoud Reda)
Dessa forma estes grandes artistas foram agindo de acordo com o que estavam sentindo, de acordo com o que surgia e com o que desejavam criar!
Tanto empenho e criatividade fizeram com que, em meados da década de 70 a trupe contasse com cerca de cento e cinquenta membros, incluindo dançarinos, músicos, figurinistas e técnicos de palco. O repertório da Trupe variava de duetos a danças com mais de trinta bailarinos no palco simultaneamente. O Grupo Reda ganhou notoriedade no Egito e visitou mais de cinquenta países. Apresentou performances de comando no Egito, e em teatros de prestígio no exterior, como The Royal Albert Hall em Londres, Carnegie Hall, em Nova York, Congresso Hall, em Berlim, Olympia Theater, em Paris, Teatro Stanislavsky, em Moscou, Theatro De La Zarzula em Madrid e outros. A trupe também ganhou vários prêmios em festivais de folclore em países como a Áustria, Rússia, Inglaterra, Turquia e Bélgica, entre outros. Os artistas principais, Farida Fahmy, Mahmoud Reda, Ali Reda e Ali Ismail foram condecorados pelo rei Hussein da Jordânia, em 1965, pelo presidente Gamal Abdel Nasser em 1967 por serviços prestados ao Estado através da arte e por Burguiba, Presidente da Tunísia em 1973.
O Grupo Reda fez três filmes: Mid-week Holiday, Love Et The Córner, The Thief of the paper e apresentou mais de trezentos (300) shows, tendo ainda participado em dois filmes musicais: ” Mid year vacation ” e ” Love in Elkarnak.
Mahmoud Reda inspirou muitas pessoas. Chegou a dar aulas para classes de 620 alunas. Levou o folclore egípcio para o palco e foi responsável pela criação de inúmeras coreografias, disseminadas por todo o mundo, dançadas por pessoas de toda parte.
O fim da trupe
A Trupe Reda foi um grupo de dança pioneiro, que pôs em marcha a criação de grupos Folkdance nas províncias, universidades e escolas de todo o Egito. Infelizmente, hoje a Trupe Reda existe apenas no nome. Farida terminou sua carreira de dança em 1983 e continuou seus estudos acadêmicos, recebendo seu título de mestre. Por outro lado - inacreditavelmente - a burocracia do governo já tinha criado muitos obstáculos para frustrar novos desenvolvimentos artísticos, colocando Mahmoud Reda em pensão em 1990. O Grupo Reda foi posteriormente deixada nas mãos de membros da trupe que não possuíam talento ou tendências artísticas ou de direção.
Grande parte dos professores e coreógrafos que surgiram a partir do Grupo Reda, bem como, outros grupos de dança, não produziram quaisquer inovações notáveis ​​até à data, os seus trabalhos só continuaram a perpetuar o estilo Reda, métodos e técnicas e de ensino.

O talento e a criatividade artística dos artistas principais do Grupo Reda trouxeram uma herança de dança teatral que continua a ser uma fonte rica para todos os professores e coreógrafos. Hoje, Farida Fahmy e Mahmoud Reda permanecem na memória coletiva dos egípcios. A memória cheia de admiração e nostalgia.

 “Todo mundo está dançando! Se por alguma razão o Egito parar de dançar – Espero que não! - Todo mundo estará dançando, de qualquer jeito.” (Mahmoud Reda)
Ju Najlah





Bibliografia

MOROCCO, Interview with Mahmoud Reda, disponível em http://www.casbahdance.org/RedaInterview.htm (acessado em 19/02/2012)
FAHMY, Farida, The Founding of the Reda Troupe: An Historical Overview, disponível em http://www.faridafahmy.com/history.html (acessado em 20/02/2012)
About Farida Fahmy, disponível em http://www.faridafahmy.com/about.html (acessado em 26/02/2012)
KLEIN, Cinara, Mahmoud Reda, disponível em http://dudaaeternus.multiply.com/journal/item/20?&show_interstitial=1&u=%2Fjournal%2Fitem (acessado em 26/02/2012)

Tamra Henna

Trata-se de um clássico filme egípcio de 1957.

Diretor: Hussein Fawzi
Elenco: Ahmed RamzyRushdy AbazaFayza Ahmed, Naima Akef e Zeinat Sedki.

Enredo: Em uma trama centrada em torno de lutas de classes da sociedade, uma dançarina Ghawazee chamada Tamra Henna chama a atenção de um jovem rico chamado Ahmed, que decide usar seus recursos para torná-la  uma mulher da alta sociedade. O ciumento noivo de sua prima e o noivo de Tamra Henna armam um esquema juntos para mostrar a seus novos amigos quem realmente ela é.

Sobre o filme:
Tamra Henna é um clássico egípcio, estrelado e produzido por muitos nomes proeminentes da época. Abaaza Rushdy foi um dos atores mais populares e bem-sucedidos de seu tempo e Naima Akef uma dançarina lendária e extremamente talentosa. 
O filme conta a história de uma jovem Ghaziya (uma cigana egípcia) que dava valor as coisas boas da vida. Ela dança no Mawlids (celebração de um santo dia no Egito, que faz parte da tradição xiita) perto de cabine de seu noivo, que é uma cabine de teste de força. Embora normalmente ele não sinta ciúmes, há um homem que parece ameaçar o seu relacionamento com Tamra Henna. Ele é filho rico de uma família abastada e está noivo de sua rica prima, pois seu pai deseja fazer crescer as riquezas da família. No entanto, o filho não quer se casar com sua prima porque está apaixonado por Tamra Henna, a Ghaziya do Mawlid. Sua riqueza atrai a atenção de Tamra Henna e ela finge ser uma sobrinha de um rico amigo da família do rapaz. Ela encanta tanto o pai do rapaz com sua graciosidade que ele decide pedir sua mão em casamento para o filho. Dessa forma, casando com mulheres ricas, seu filho poderia aumentar consideravelmente a sua riqueza e status. No entanto as coisas dão errado e no final Tamra Henna percebe que ela não precisa da riqueza e que é melhor ser uma Ghaziya pobre e ter o amor da sua tribo. 
Este filme é um grande drama! Porém, se visto por um público ocidental pode parecer um pouco chocante. Vale a pena lembrar que o filme é muito antigo e descreve os valores de uma cultura tradicionalista árabe. Os tipos de eventos descritos aqui estão diminuindo com grande velocidade no Egito moderno e nos outros países árabes. Além disso, o filme trata dos ciganos Ghawazee do Egito, que são tratados como a escória da terra, vistos por muitos como canalhas, ladrões e pessoas pecadoras. Para a elite egípcia esse imenso contraste social pode parecer muito maior do que a história trata.
Vale lembrar que mesmo os filmes americanos desta época eram mais conservadores em seu conteúdo. Importante também ressaltarmos a questão cultural que diz respeito ao casamento entre primos: tanto na cultura árabe como em muitas outras isto não era visto como algo errado, ao contrário, era uma prática comum pra manter a riqueza da família protegendo o status e o nome. 
Mantenha a mente aberta quando for assistir Tamra Henna. Também se certifique de obter uma cópia com legendas que tornem mais fácil o entendimento do enredo.

As músicas:
No filme há duas músicas as quais é atribuído o nome Tamra Henna. Uma é mais alegre, otimista, cantada em uma cena em que Naima Akef dança belamente!
A segunda é uma música mais triste, chamada “Ya Tamra Henna”.  Nessa parte do filme uma jovem mulher chamada Tamra Henna desaparece e seus velhos amigos não sabem seu paradeiro. Então a irmã de seu noivo Maissa (Faysa Ahmed) canta esta música, preocupada, buscando saber o que aconteceu a ela.

Aqui a tradução da triste “Ya Tamra Henna”:

Henna Flor, por que você nos deixou?
Todas as flores do jardim floresceram, só está faltando você.
Dia e noite procuramos por você para lhe entregar sua mensagem de amor
Ele está te esperando por muito tempo, você tem um coração de pedra.
Você é a nossa estrela, nós sentimos orgulho de você.
Nós te amamos, todos nós.
Você nos abandonou
Eu perguntei em todo lugar sobre você, ninguém me falou seu paradeiro.
Eles supuseram que você morreu
Muitas fofocas ruins a seu respeito.

Composta por Mohammed Moogy

Consultas bibliográficas:
http://www.imdb.com/title/tt0343063/ - acessado em 26/02/2012

Traduções feitas do inglês para o português por Ju Najlah






Caso haja alguma informação incondizente com o filme ou alguma traduzido de forma inadequada, por favor, sintam-se a vontade para, nos comentários, escrever a respeito. Ainda não consegui encontrar o filme para assistir. As informações postadas aqui foram retiradas dos dois sites acima.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Algumas dicas para elaborar uma coreografia

Coreografia é uma “expressão que tem origem no grego e quer dizer: a grafia de danças orais, danças de grupo. Com o tempo, o termo foi sendo usado para nomear quaisquer grafias ou escritas do movimento e não somente as que se referem a danças coletivas.” (LOBO e NAVAS)

Comece escolhendo uma música de que você goste muito! Uma música que desperte em você uma vontade inevitável de dançá-la e observe quais sentimentos afloram ao apreciar a música. Algumas nos fazem sentir alegria, outras fazem transparecer certa angústia, tristeza... Observe a si mesma ao ouvir a música. Então você poderá perceber que a melodia nos toca de forma subjetiva. Uma música que para mim parece brilhante, que me faz sentir flutuando, para outra pessoa pode parecer chata. É a vivência individual da composição musical. É isso que você vai deixar transparecer em sua dança. “Para dançar ou mesmo dançar-criando, é preciso conectar-se às sensações, percepções e sentimentos corporais deixando-os fluir por meio de movimentos expressivos.” (LOBO e NAVAS)

Após esse primeiro momento de identificação sua com a música você precisará identificar de que tipo de música se trata (clássica, tradicional, folclórica ou moderna) e observar qual ou quais ritmos estão presentes na música.

Em se tratando de música folclórica é importante respeitar os trajes e passos típicos para aquela dança. Se tratando de rotina clássica, atentar para os momentos de entrada em cena, de finalização da dança e para os folclores que porventura façam parte daquela composição musical. Para músicas cantadas procure saber de que trata a letra. Em músicas tradicionais a letra precisa ser interpretada!

Após todas essas identificações você vai ouvir a música muitas e muitas vezes, vai prestar atenção em cada nuance, em cada pausa. Vai fazer a contagem dos tempos da música. Geralmente, nesse momento, me imagino dançando, e é quando surge a coreografia inicial. Depois tenho que esperimentar como meu corpo se comporta naquela coreografia imaginada. Colocar os passos dentro do tempo. Nem sempre ela se encaixará no tempo da música e alguma modificações precisarão ser feitas.

Aqui podemos partir então para algumas questões um pouco mais técnicas para que sua dança seja inesquecivelmente bela!

Primeiro precisamos aprender que as partes da coreografia que mais ficarão marcadas na memória dos expectadores são o início e o final. Pesquisas acerca da memória humana comprovam que ao memorizar listas de palavras, os maiores índices de palavras memorizadas eram relativos às primeiras e às últimas palavras da lista. Dependendo da qualidade de sua entrada no palco e da finalização de sua dança, sua coreografia poderá ser lembrada como muito boa ou muito ruim. Então procure fazer uma entrada elegante e firme, inteira no palco, deixando claro para o que veio. 

Depois precisamos atentar para o que faz uma coreografia parecer monótona e outra dinâmica. No primeiro caso a dança se mantem linear. Muitas vezes assistimos apresentações de bailarinas que parecem estar enraizadas no local onde dançam, que elegem um único movimento para determinado trecho da música ou que se mantém durante toda a música com uma mesma intensidade de movimento. Esse pontos podem ser melhor elaborados para uma dança mais dinâmica e atrativa. Vejamos:

  • Assim como a música tem nuances, tem altos e baixos, sua dança também precisa ter. Você poderá tirar a linearidade da sua dança pensando em alguns pontos:
       - Trabalhe a meia ponta alta, mas também trabalhe pliés, cambrets... Isso prenderá a atenção do público. Com “altos e baixos” aqui falo da própria questão física. Você brincará com a altura, em alguns momentos elevando e em outros abaixando.
      - Varie a velocidade e intensidade de seus movimentos. Em alguns momentos trabalhe movimentos lentos e em outros acelere. Em alguns momentos trabalhe suavidade e em outros força. Fluidez e impacto.
        - Um movimento elaborado só vai aparecer se antes for trabalhado o básico. Apresente os contrastes.
  • Procure fazer pequenas sequências coreográficas. Há momentos de linearidade dentro da música, em que fica algum tempo em um mesmo ritmo, em um mesmo tom. Você pode optar, por exemplo, por ficar durante algum tempo somente fazendo o oito. Em alguns momentos pode ficar bonito um oito feito bem lentamente. Porém, em outro momentos, você poderá combinar um oito, dois redondinhos e um camelo; ou básico egípcio duas vezes e um camelo por exemplo. Sequencias desse tipo, que combinam poucas repetições de alguns movimentos diferentes também dinamizam a sua dança, quando a música assim pedir.
  • Observe os momentos em que cabem deslocamentos e giros. O espaço do palco deverá ser bem aproveitado. Você ficará encarregada por preenchê-lo. Ritmos acelerados, como o malfuf, e grandes orquestrações pedem deslocamentos amplos. Em ritmos quaternários você também poderá deslocar, mas a intensão do seu deslocamento será diferente, o deslocamento não será tão amplo. O passo grego cabe bem em ritmos quaternários, por exemplo.
  • Sua dança precisa ser fluida, assim como as águas de um rio! Um movimento dá continuidade ao outro. Para conseguir essa fluidez, pensa em sua transferência de peso.
  • Para um toque especial procure surpreender. Algum movimento inesperado, diferente no meio da coreografia dá esse toque. Somente tome cuidado para não exagerar e não fazer com que sua dança se assemelhe a um show de malabarismo. Será um momento para deixar a sua marca. Lembre dos contrastes dentro da dança.
  • E finalmente, divirta-se dançando!
E então você poderá desenhar, com seu corpo, a música!


Ju Najlah

Fontes:
LOBO, Lenora, NAVAS, Cássia. Arte da Composição : Teatro do Movimento. 1ªed. Brasília: Editora LGE, 2008.
Dicas de Dança – Como montar uma coreografia? O que você precisa saber para coreografar!, disponível em http://www.dicasdedanca.com.br/dicas-de-danca-como-montar-uma-coreografia-o-que-voce-precisa-saber-para-coreografar.html

 SILVA, Jamila; Montando um coreografia – passo a passo(nível iniciante e intermediário), disponível em http://gos1984.multiply.com/journal/item/58/58

Conhecimentos adquiridos em workshops e aulas.

Snujs - ritmos

DUM ou B – as duas mãos tocam simultanenamente
Ta –para destros, mão direita; para canhotos, mão esquerda
Ka -  para destros, mão esquerda; para canhotos, mão direita
Contagem 123 – alternância de mãos



Taka-tá, Taka-tá, Taka-tá... / 123 123 123 123... – pode ser utilizado para os ritmos Baladi, Said e Maksoum

Baladi
É um ritmo de compasso 4/4, sendo uma das variações mais básicas do ritmo maksoum.  É muito presente na maioria das músicas árabes, seja clássica, tradicional ou moderna.
DUM-DUM TAKA-TÁ, DUM TAKA-TÁ
(emendando) TAKA-DUM-DUM TAKA-TÁ, DUM TAKA-Tá 
(de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 123 B 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum Dum, tak Dum tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Maksoum
É um ritmo de compasso 4/4 e é a base de muitos outros ritmos, sendo bastante encontrado em diversas músicas árabes modernas., sendo um dos ritmos árabes mais populares.  Na Tunísia, por exemplo, esse ritmo pode receber o nome de Duyek, mantendo a sua estrutura e cadência. O Termo maksum significa “cortado ao meio”.
TAKA-TÁ TA TAKATAKA-TÁ (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
123 1 12345 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum tak tak Dum tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Said
É também um ritmo de compasso 4/4, famoso por seus duns bem marcados e vibrantes. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não). Nas folclóricas é geralmente acompanhado pela flauta mizmar. Normalmente é tocado para danças de pandeiro, bengala ou bastão para homens e mulheres.
DUM,DUM-TAKA, DUM,DUM-TAKA-TÁH,
(emendando) TAKA-DUM,DUM-TAKA-TÁ, DUM,DUM-TAKA-TÁH, 
(acentuar com mais força o táh) 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 12B B123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum tak Dum Dum Tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Falahi
Também se origina no maksoum, porém, é um ritmo de dois tempos. Trata-se de um ritmo mais rápido que está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbake e especialmente para compor o folclore Ghawazee e o próprio folclore Falahi. Nas músicas clássicas e nos solos de derbake, este ritmo surge para acelerar a performance.
DUM-TAKATAKA-TÁ, DUM TAKATAKA-TÁ  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Wahda
Wahda em árabe significa 1. É um ritmo mais lento, de 4 tempos,  encontrado em músicas clássicas e solos de derbake, durante uma quebra na velocidade e andamento dos mesmos.
DUM  DUM TAKA DUM  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Wahda wo Noz
Wahda Wo Noz significa 1 e ½. É um ritmo executado muito lentamente, com 8 tempos. Encontrado em músicas clásssicas  e muito presente em solos de derbake , embala o momento de pura concentração e sinuosidade dos movimentos da bailarina.
DUM-TAKA-TÁ-DUM, TAKA-TA-DUM-DUM TÁ
(emendando) TAKA-TÁ-DUM-TAKA-TÁ-DUM, TAKA-TA-DUM-DUM TÁ 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Malfuf
O Malfuf ou Luf, com significados “embrulhado” e “enrolado” respectivamente, é um ritmo de 4 tempos com uma velocidade mais elevada. Muito utilizado em músicas clássicas e solos de derbake, o Malfuf é um ritmo de deslocamento da bailarina, onde a mesma passeia pelos palcos com graça e simpatia.
DUM-TAKA-KATÁ, DUM-TAKA-KATÁ...  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Ayoubi
O Ayub é um ritmo bem simples, de 2 tempos. É utilizado como ritmo básico para uma dança folclórica, denominada Zaar, muito presente no norte da África. Esse ritmo caracteriza-se por ter uma variada opção de velocidade, rápido ou lento. O ritmo rápido é encontrado em músicas tradicionais, bem como em solos de derbake, e o lento é encontrado nas músicas folclóricas.
DUM-TAKA-TÁ, DUM-TAKA-TÁ....  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Soudi (Khaleege)
O Soudi é um ritmo da região do Golfo Pérsico, em especial da Arábia Saudita. Também conhecido como Aadany, o nome original Saudi remete ao país e ao grupo Al-Saud. É possível encontrá-lo no Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Oman e Yemen. Soudi é um dos ritmos mais conhecidos da dança chamada Khaleege (khaleegy, khaliji, kalige). O ritmo é bem simples e curto, em compassso 2/4. Pode ser tocado de forma acelerada ou lenta. Conforme a região pode apresentar outra forma, mas sempre apresenta acentos fortes nos DUMs, enfatizando a dança Khaleege.
DUM,DUM-TAKA, DUM,DUM-TAKA...  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Ciftitelli
O Chifteteli é considerado um ritmo Turco, mas sua base é muito semelhante à um Maksum. Marcado por uma cadência “diferente”, o ritmo é tocado em uma velocidade mais lenta acompanhando o Taksim, que é a improvisação melódica de outro instrumento. Egípcios utilizam uma versão mais simples do Chifteteli e a denominam Wahda Khabir. Durante este ritmo a bailarina pode fazer movimentos leves e sinuosos.
DUM-TAKA-KATÁ-DUM-TAKA-TÁ, DUM-TAKA-KATÁ-DUM-TAKA-TÁ  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 1 123 1 123 123 123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Masmoudi
O Masmudi é um ritmo de 8 tempos. Um pouco mais lento, o ritmo é também chamado de Masmudi Khabir(grande) para diferencia-lo do Saghir (pequeno). Por se tratar de um ritmo “mais LONGO”, é utilizado em solos, em parte de maiores detalhes e menores velocidades do movimento. O Masmudi oferece uma “quebra” na velocidade do solo. O ritmo pode ser encontrado também em músicas clássicas.
DUM,DUM,DUM, TAKA-TÁ-DUM....
(emendando) TAKA-TAKA-TAKA-TAKA-TAKA-TAKA
-DUM,DUM,DUM, TAKA-TÁ-DUM... 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 123456 B 12345 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Rumba e Bolero
A Rumba e o Bolero são ritmos claramente ocidentais, incorporados à dança do ventre pelas naturais trocas culturais em meados do séc. XX. A Rumba e o Bolero são originalmente da Espanha, mas possuem modificações por toda a América Espanhola. Na dança do ventre estes ritmos aparecem em músicas clássicas e em algumas músicas modernas egípcias.
Rumba
Possui a estrutura 2/4
 DUM DUM TAKA TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 1 123123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Bolero
Possui a estrutura 4/4, sendo, portanto, mais lento que a Rumba.
DUM TAKA TA TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Karsilama 9/8
Este ritmo é  composto por um compasso raro 9/8, e possui três TAS fortes no final da frase musical. Também é chamado de “aqsaaq”, cuja tradução é “aquilo que marca” ou “quebrado”. O Karsilama é um ritmo alegre, animado, o que não significa que seja acelerado. Como é mais usado com pandeiros ou meias-luas, é fácil encontrar movimentos comuns ao uso destes acessórios, como as batidas de quadril, ombro, giros e até shimies para os momentos mais acelerados. Em geral, é executada pelas Cengis, ciganas turcas, que giram suas sais e usam pandeiros como acessórios complementares.
DUM TAKATA TAKA DUM TATATA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 123 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Karsilama 9/8 (variação cigana)
DUM,DUM TAKA-TÁ TAKA-TÁ TAKA DUM,DUM,DUM TAKA-TÁ TAKA-TÁ TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB123 123 12 BBB123 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Samaii
 Sua composição é de 10/8, dividido em três partes. A primeira e a terceira têm 3 tempos enquanto que a segunda possui 4.O Samai costuma aparecer em músicas clássicas egípcias e nas músicas sufi turcas. Sua delicadeza deixa a música mais rica e encantadora. É um ritmo  lento, mas muito complexo, utilizado na composição do Muwashahat
DUM-TAKA-TAKA-TÁ, TAKA-DUM,DUM-TÁ
(emendando) TAKA-DUM-TAKA-TAKA-TÁ, TAKA-DUM,DUM-TÁ 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Zaffe
Ritmo de compasso 4/4. É um ritmo lento, específico para casamentos, usado geralmente para a dança do candelabro.
DUM-TAKATA-TÁ-DUM-TAKA-TÁ,
DUM-TAKATA-TÁ-DUM, TAKA-TÁ,...
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Valz
É um ritmo 3/4  que parece mesmo uma valsa ocidental e costuma aparecer em músicas clássicas e modernas. Sua prinicipal característica é a contagem de tempo em número ímpar.
DUM-TAKA-TAKA-DUM, DUM-TAKA-TAKA-DUM... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Karachi
É um ritmo muito semelhante ao Ayoubi e ao Malfuf. Como um ritmo 2/4, é ágil possui uma frase musical curta. Assim como outros, exemplo do Ayub, marca com intensidade uma batida diferente do tradicional DUM.
TA-TAKA-TAKA-TÁ, TA-TAKA-TAKA-TÁ, ... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Hatcha
É um ritmo 4/4, lento e muito envolvente cuja origem está na Síria e no Líbano.  Costuma ser usado em taqsins por ser bem marcado além de permitir que o derbakista brinque com floreios e variações.
TAKA-TA-TÁ, TAKA-TA-DUM, TAKA-TA-TÁ, TAKA-TA-DUM (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Fox
O ritmo vox (foks ou fox) é conhecido por ser uma marcha. Não é um ritmo árabe, mas sim uma variação do foxtrot (presente na música moderna ocidental) que começou a ser usado por compositores egípcios como Mohamad Abdel Wahab. Normalmente aparece nas entradas das músicas clássicas e é constante e acelerado. Sua composição é 2/4.
DUM-TÁ, DUM-TÁ, DUM-TÁ, DUM-TÁ,... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Whade Tawille

DUM-TAKA-TAKATÁ, TAKA-TAKATA-TÁ-DUM,
TAKA-TAKATÁ, TAKA-TAKATA-TÁ-DUM...
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Jabalee
Originário do Líbano, é um rimo de compasso 4/4 utilizado na dança folclórica 'Dabke'. O jabalee, ou soudasi, também é conhecido como uma variante do Said.
DUM,DUM,DUM,TA-DUM
(emendando) TAKA-KATÁ-DUM,DUM,DUM,TA-DUM
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Bambii
O Bambii é um ritmo mais rápido, de compasso 4/4,  utilizado muito em solos de derbake e músicas clássicas. É um ritmo de impacto, de origem egípcia, mas com fortes influências norte-africanas
DUM DUM DUM TAKA TAKA TA. (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Rush
Juntos, mexendo somente os pulsos, 
com equilíbrio na distância dos dedos, na mesma batida,
alternando a velocidade da forma como desejar,
ou conforme o momento. 
Obs.: tem que haver sincronia absoluta.



PS.: Em alguns ritmos coloquei 2 formas possíveis de leitura do mesmo para tocar snujs - a contagem ou a forma como o ritmo seria "dito" -, para que seja possível a vocês avaliar a forma com a qual mais se identificam ou têm facilidade para estudar. Além disso, há em alguns uma terceira forma de cantar o ritmo, a fim de reconhecê-lo.


Ju Najlah


Fontes de pesquisa: Jorge Sabongi - Snujs para Ritmos Árabes, disponível em http://www.khanelkhalili.com.br/snujs3.htm
Pedro Françolin - Ritmos Árabes, disponível em http://www.derbake.com.br/ritmosarabes.html (aqui é possível ouvir os ritmos)
Cadernos de Dança, http://cadernosdedanca.wordpress.com/ 
Bellydance with Zills Starring Elsa Leandros, Raquy Danziger and Brian Carter (2007), DVD
Bellydance instructivo com Mario Kirlis e Saida, vol. 1

É preciso transformar a música em dança, num movimento de fora para dentro, mas principalmente, num movimento inverso, externalizar os sentimentos, transparecer a alma, transformar o corpo em música, em dança, em arte. A unidade se faz em todos os sentidos. O seu estilo de dança não será criado. Ele já existe. Basta você abrir espaço para que ele possa surgir. Dance com alma!

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