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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Snujs - ritmos

DUM ou B – as duas mãos tocam simultanenamente
Ta –para destros, mão direita; para canhotos, mão esquerda
Ka -  para destros, mão esquerda; para canhotos, mão direita
Contagem 123 – alternância de mãos



Taka-tá, Taka-tá, Taka-tá... / 123 123 123 123... – pode ser utilizado para os ritmos Baladi, Said e Maksoum

Baladi
É um ritmo de compasso 4/4, sendo uma das variações mais básicas do ritmo maksoum.  É muito presente na maioria das músicas árabes, seja clássica, tradicional ou moderna.
DUM-DUM TAKA-TÁ, DUM TAKA-TÁ
(emendando) TAKA-DUM-DUM TAKA-TÁ, DUM TAKA-Tá 
(de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 123 B 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum Dum, tak Dum tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Maksoum
É um ritmo de compasso 4/4 e é a base de muitos outros ritmos, sendo bastante encontrado em diversas músicas árabes modernas., sendo um dos ritmos árabes mais populares.  Na Tunísia, por exemplo, esse ritmo pode receber o nome de Duyek, mantendo a sua estrutura e cadência. O Termo maksum significa “cortado ao meio”.
TAKA-TÁ TA TAKATAKA-TÁ (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
123 1 12345 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum tak tak Dum tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Said
É também um ritmo de compasso 4/4, famoso por seus duns bem marcados e vibrantes. Presente em músicas clássicas, solos de derbak, músicas folclóricas e na maioria das músicas modernas (cantadas ou não). Nas folclóricas é geralmente acompanhado pela flauta mizmar. Normalmente é tocado para danças de pandeiro, bengala ou bastão para homens e mulheres.
DUM,DUM-TAKA, DUM,DUM-TAKA-TÁH,
(emendando) TAKA-DUM,DUM-TAKA-TÁ, DUM,DUM-TAKA-TÁH, 
(acentuar com mais força o táh) 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 12B B123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Dum tak Dum Dum Tak (de acordo com a didática de Mario Kirlis)

Falahi
Também se origina no maksoum, porém, é um ritmo de dois tempos. Trata-se de um ritmo mais rápido que está presente em músicas clássicas, modernas, solos de derbake e especialmente para compor o folclore Ghawazee e o próprio folclore Falahi. Nas músicas clássicas e nos solos de derbake, este ritmo surge para acelerar a performance.
DUM-TAKATAKA-TÁ, DUM TAKATAKA-TÁ  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Wahda
Wahda em árabe significa 1. É um ritmo mais lento, de 4 tempos,  encontrado em músicas clássicas e solos de derbake, durante uma quebra na velocidade e andamento dos mesmos.
DUM  DUM TAKA DUM  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Wahda wo Noz
Wahda Wo Noz significa 1 e ½. É um ritmo executado muito lentamente, com 8 tempos. Encontrado em músicas clásssicas  e muito presente em solos de derbake , embala o momento de pura concentração e sinuosidade dos movimentos da bailarina.
DUM-TAKA-TÁ-DUM, TAKA-TA-DUM-DUM TÁ
(emendando) TAKA-TÁ-DUM-TAKA-TÁ-DUM, TAKA-TA-DUM-DUM TÁ 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Malfuf
O Malfuf ou Luf, com significados “embrulhado” e “enrolado” respectivamente, é um ritmo de 4 tempos com uma velocidade mais elevada. Muito utilizado em músicas clássicas e solos de derbake, o Malfuf é um ritmo de deslocamento da bailarina, onde a mesma passeia pelos palcos com graça e simpatia.
DUM-TAKA-KATÁ, DUM-TAKA-KATÁ...  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Ayoubi
O Ayub é um ritmo bem simples, de 2 tempos. É utilizado como ritmo básico para uma dança folclórica, denominada Zaar, muito presente no norte da África. Esse ritmo caracteriza-se por ter uma variada opção de velocidade, rápido ou lento. O ritmo rápido é encontrado em músicas tradicionais, bem como em solos de derbake, e o lento é encontrado nas músicas folclóricas.
DUM-TAKA-TÁ, DUM-TAKA-TÁ....  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Soudi (Khaleege)
O Soudi é um ritmo da região do Golfo Pérsico, em especial da Arábia Saudita. Também conhecido como Aadany, o nome original Saudi remete ao país e ao grupo Al-Saud. É possível encontrá-lo no Bahrain, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar, Oman e Yemen. Soudi é um dos ritmos mais conhecidos da dança chamada Khaleege (khaleegy, khaliji, kalige). O ritmo é bem simples e curto, em compassso 2/4. Pode ser tocado de forma acelerada ou lenta. Conforme a região pode apresentar outra forma, mas sempre apresenta acentos fortes nos DUMs, enfatizando a dança Khaleege.
DUM,DUM-TAKA, DUM,DUM-TAKA...  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Ciftitelli
O Chifteteli é considerado um ritmo Turco, mas sua base é muito semelhante à um Maksum. Marcado por uma cadência “diferente”, o ritmo é tocado em uma velocidade mais lenta acompanhando o Taksim, que é a improvisação melódica de outro instrumento. Egípcios utilizam uma versão mais simples do Chifteteli e a denominam Wahda Khabir. Durante este ritmo a bailarina pode fazer movimentos leves e sinuosos.
DUM-TAKA-KATÁ-DUM-TAKA-TÁ, DUM-TAKA-KATÁ-DUM-TAKA-TÁ  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 1 123 1 123 123 123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Masmoudi
O Masmudi é um ritmo de 8 tempos. Um pouco mais lento, o ritmo é também chamado de Masmudi Khabir(grande) para diferencia-lo do Saghir (pequeno). Por se tratar de um ritmo “mais LONGO”, é utilizado em solos, em parte de maiores detalhes e menores velocidades do movimento. O Masmudi oferece uma “quebra” na velocidade do solo. O ritmo pode ser encontrado também em músicas clássicas.
DUM,DUM,DUM, TAKA-TÁ-DUM....
(emendando) TAKA-TAKA-TAKA-TAKA-TAKA-TAKA
-DUM,DUM,DUM, TAKA-TÁ-DUM... 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB 123456 B 12345 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Rumba e Bolero
A Rumba e o Bolero são ritmos claramente ocidentais, incorporados à dança do ventre pelas naturais trocas culturais em meados do séc. XX. A Rumba e o Bolero são originalmente da Espanha, mas possuem modificações por toda a América Espanhola. Na dança do ventre estes ritmos aparecem em músicas clássicas e em algumas músicas modernas egípcias.
Rumba
Possui a estrutura 2/4
 DUM DUM TAKA TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 1 123123 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)
Bolero
Possui a estrutura 4/4, sendo, portanto, mais lento que a Rumba.
DUM TAKA TA TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Karsilama 9/8
Este ritmo é  composto por um compasso raro 9/8, e possui três TAS fortes no final da frase musical. Também é chamado de “aqsaaq”, cuja tradução é “aquilo que marca” ou “quebrado”. O Karsilama é um ritmo alegre, animado, o que não significa que seja acelerado. Como é mais usado com pandeiros ou meias-luas, é fácil encontrar movimentos comuns ao uso destes acessórios, como as batidas de quadril, ombro, giros e até shimies para os momentos mais acelerados. Em geral, é executada pelas Cengis, ciganas turcas, que giram suas sais e usam pandeiros como acessórios complementares.
DUM TAKATA TAKA DUM TATATA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
1 123 123 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Karsilama 9/8 (variação cigana)
DUM,DUM TAKA-TÁ TAKA-TÁ TAKA DUM,DUM,DUM TAKA-TÁ TAKA-TÁ TAKA  (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)
BB123 123 12 BBB123 123 12 (de acordo com a didática de Elsa Leandros)

Samaii
 Sua composição é de 10/8, dividido em três partes. A primeira e a terceira têm 3 tempos enquanto que a segunda possui 4.O Samai costuma aparecer em músicas clássicas egípcias e nas músicas sufi turcas. Sua delicadeza deixa a música mais rica e encantadora. É um ritmo  lento, mas muito complexo, utilizado na composição do Muwashahat
DUM-TAKA-TAKA-TÁ, TAKA-DUM,DUM-TÁ
(emendando) TAKA-DUM-TAKA-TAKA-TÁ, TAKA-DUM,DUM-TÁ 
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Zaffe
Ritmo de compasso 4/4. É um ritmo lento, específico para casamentos, usado geralmente para a dança do candelabro.
DUM-TAKATA-TÁ-DUM-TAKA-TÁ,
DUM-TAKATA-TÁ-DUM, TAKA-TÁ,...
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Valz
É um ritmo 3/4  que parece mesmo uma valsa ocidental e costuma aparecer em músicas clássicas e modernas. Sua prinicipal característica é a contagem de tempo em número ímpar.
DUM-TAKA-TAKA-DUM, DUM-TAKA-TAKA-DUM... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Karachi
É um ritmo muito semelhante ao Ayoubi e ao Malfuf. Como um ritmo 2/4, é ágil possui uma frase musical curta. Assim como outros, exemplo do Ayub, marca com intensidade uma batida diferente do tradicional DUM.
TA-TAKA-TAKA-TÁ, TA-TAKA-TAKA-TÁ, ... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Hatcha
É um ritmo 4/4, lento e muito envolvente cuja origem está na Síria e no Líbano.  Costuma ser usado em taqsins por ser bem marcado além de permitir que o derbakista brinque com floreios e variações.
TAKA-TA-TÁ, TAKA-TA-DUM, TAKA-TA-TÁ, TAKA-TA-DUM (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Fox
O ritmo vox (foks ou fox) é conhecido por ser uma marcha. Não é um ritmo árabe, mas sim uma variação do foxtrot (presente na música moderna ocidental) que começou a ser usado por compositores egípcios como Mohamad Abdel Wahab. Normalmente aparece nas entradas das músicas clássicas e é constante e acelerado. Sua composição é 2/4.
DUM-TÁ, DUM-TÁ, DUM-TÁ, DUM-TÁ,... (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Whade Tawille

DUM-TAKA-TAKATÁ, TAKA-TAKATA-TÁ-DUM,
TAKA-TAKATÁ, TAKA-TAKATA-TÁ-DUM...
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Jabalee
Originário do Líbano, é um rimo de compasso 4/4 utilizado na dança folclórica 'Dabke'. O jabalee, ou soudasi, também é conhecido como uma variante do Said.
DUM,DUM,DUM,TA-DUM
(emendando) TAKA-KATÁ-DUM,DUM,DUM,TA-DUM
 (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Bambii
O Bambii é um ritmo mais rápido, de compasso 4/4,  utilizado muito em solos de derbake e músicas clássicas. É um ritmo de impacto, de origem egípcia, mas com fortes influências norte-africanas
DUM DUM DUM TAKA TAKA TA. (de acordo com apostila de Jorge Sabongi)

Rush
Juntos, mexendo somente os pulsos, 
com equilíbrio na distância dos dedos, na mesma batida,
alternando a velocidade da forma como desejar,
ou conforme o momento. 
Obs.: tem que haver sincronia absoluta.



PS.: Em alguns ritmos coloquei 2 formas possíveis de leitura do mesmo para tocar snujs - a contagem ou a forma como o ritmo seria "dito" -, para que seja possível a vocês avaliar a forma com a qual mais se identificam ou têm facilidade para estudar. Além disso, há em alguns uma terceira forma de cantar o ritmo, a fim de reconhecê-lo.


Ju Najlah


Fontes de pesquisa: Jorge Sabongi - Snujs para Ritmos Árabes, disponível em http://www.khanelkhalili.com.br/snujs3.htm
Pedro Françolin - Ritmos Árabes, disponível em http://www.derbake.com.br/ritmosarabes.html (aqui é possível ouvir os ritmos)
Cadernos de Dança, http://cadernosdedanca.wordpress.com/ 
Bellydance with Zills Starring Elsa Leandros, Raquy Danziger and Brian Carter (2007), DVD
Bellydance instructivo com Mario Kirlis e Saida, vol. 1

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É preciso transformar a música em dança, num movimento de fora para dentro, mas principalmente, num movimento inverso, externalizar os sentimentos, transparecer a alma, transformar o corpo em música, em dança, em arte. A unidade se faz em todos os sentidos. O seu estilo de dança não será criado. Ele já existe. Basta você abrir espaço para que ele possa surgir. Dance com alma!

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