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quarta-feira, 7 de março de 2012

A Dança do Vilarejo Libanês


Texto muito agradável, sobre, no cotidiano de um vilarejo libanês, a formação de uma roda de Dabke. A escrita do texto nos faz viajar rumo ao ambiente bucólico descrito.

A Dança do Vilarejo Libanês
Imagine-se andando numa Vila cheia de pessegueiras, macieiras e plantações de Uva, e sentindo o aroma da colheita de meio de Setembro. Isso, meus amigos, é um vilarejo encontrado no Líbano seguindo as tradições que seus ancestrais deixaram.
Vilarejos Libaneses são famosos por muitas de suas tradições ancestrais e com honra as carregam de geração para geração. Muito disso consiste da cooperação da família e neste caso toda a Vila se torna uma FAMILIA.
No meio de Setembro, familias se encontram nos seus campos, para celebrar a temporada de colheita do Vinho. As uvas colhidas das Parreiras foram separadas, algumas para fazer Arak , algumas para Vinho, outras para Vinagre e o resto para fazer doces de Uvas. O ar está tomado pelo delicioso aroma do suco de Uva que está sendo aquecido ao fogo. Algumas mulheres recheiam suas belas travessas com tabouleh, hummus, babaghanouj, folhas de uva e uma coleção de petiscos, frutas, e pães. Outras andando balançam seus jarros de água sobre as cabeças com elegancia. Os jovens rapazes e moças, vestindo roupas festivas, vão com suas mães conhecer os membros mais velhos de sua familia nos campos. as jovens mulheres estão vestidas em esvoaçantes calças e camisas e longas vestimentas; véus e lenços com bela decoração e adornos nas cabeças. Os homens estão vestindo seus sherwals e labbadeh (calças largas e chapéus típicos) com vestimentas coloridas sobre suas camisas e botas.
Um homem idoso entra em cena carregando um derbake(um pequeno tambor feito de um cilindro de madeira e pele de carneiro esticada), seguido de uma turma de outros com seus nay e mijwiz (o nay é uma flauta de bambu simples longo e o mijwiz é uma flauta dupla mais curta).
A musica começa a tocar, e a brisa fresca da tarde de Setembro está em todo lugar. Alguns homens e mulheres seguram as mãos e começam a dançar para a entonação Dalunah, a base de todos os Dabkes (para bater no chão com um dos pés), enquanto outros batem palmas criando o ritmo apropriado. Então se abre caminho para o canto improvisado; uma mulher entra em cena com um jarro balançando sobre sua cabeça e é seguida por outras, como que competindo. Então os homens tomam parte com suas espadas, fazendo a dança da espada para o ritmo do mijwiz. Conforme o tempo vai passando, os mais velhos vêm participar também, segurando as mãos com os mais jovens formando uma linha unitiva e fazendo o mesmo passo. O homem e mulher nas estremidades opostas da linha fazem passos diferentes para mostrarem quão competentes, ágeis e graciosos eles são. O resto da turma bate palma e canta para revelar sua felicidade.
Um homem idoso chama e anuncia que o suco de Uva já esquentou e já esfriou, eles podem bebe-lo. Aqui a atmosfera está recheada com ululação para os homens responsáveis pelo suco e para as mulheres que preparam a comida. E conforme a ululação continua o tempo do Dabke aumenta.
Felizmente, de todas as tradições libanesas essa cena não morreu, especialmente nos Vilarejos.O Dabke é uma dança nacional Libanesa que é levada em todo Clube, restaurante, ou festa.”
 

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É preciso transformar a música em dança, num movimento de fora para dentro, mas principalmente, num movimento inverso, externalizar os sentimentos, transparecer a alma, transformar o corpo em música, em dança, em arte. A unidade se faz em todos os sentidos. O seu estilo de dança não será criado. Ele já existe. Basta você abrir espaço para que ele possa surgir. Dance com alma!

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