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sábado, 10 de março de 2012

Instrumentos Árabes - Instrumentos de Sopro


Nai - Flauta de junco bem simples, com origens na civilização suméria.
Tem as duas pontas abertas, com 5 a 7 (mas normalmente 6) furos na frente, para os dedos tocarem, e um furo em baixo; mas sem bocal.
É tocada soprando obliquamente na extremidade superior. O som que produz é delicado e brando e, dependendo da força do sopro, o som sai em uma oitava acima ou abaixo, e escalas de tons diferentes podem ser conseguidas com naiat de comprimentos diferentes.
É o mesmo esquema das flautas-doces do ocidente.
É com certeza muito antiga - os arqueologistas encontraram evidências de sua presença no Egito Antigo do terceiro milênio a.C.
Um ícone no que se refere a instrumento de sopro do mundo árabe, possui som suave, hipnotizante, profundo e introspectivo quando tocada solitariamente. Usada em todos os estílos da música árabe, sendo facilmente identificada em taksins e rituais Sufi. Porém em outras composições musicais, acompanhada de outros instrumentos, pode apresentar como resultado uma música muito mais animada.
Na dança a bailarina demonstra o domínio de seu corpo nos ritmos lentos, explorando movimentos sinuosos, ondulatórios e de braços e mãos, respeitando o caráter introspectivo e aéreo produzido pelo som da flauta.

Mizmar – Flauta de madeira curtida, semelhante a uma mini corneta, de som agudo e médio. Instrumento também conhecido como zurna ou rhaita em outras regiões, é típico das montanhas e também folclórico. Comum ser utilizada para introduções de algumas músicas. É percebida especialmente no Said.
Numa música clássica, em 99 % das vezes que a ouvir, será para marcar um saidi, em sua versão folclórica. Se a base rítmica for um saidi, o Mizmar estará dando a ele seu tom folclórico. O som da Mizmar pode ser lento, rápido, longo, curto, o que guiará sua leitura será a ocasião: solo do músico – se for antes da entrada da música, a bailarina deve esperar, pois se trata da apresentação da banda, se for depois da entrada, pode fazer movimentos sinuosos -, folclore - não necessariamente o saidi, a bailarina fará a marcação conforme o estilo folclórico -, floreio - também pede movimentos sinuosos.

Mijuiz - Flauta som agudo e médio agudo. Mijuiz significa, literalmente, 'duplo' em árabe, e é um tipo de clarineta de junco dupla, popular na Síria, Líbano e Palestina.
Os dois tubos de junco são idênticos, pregados com piche ou cera de abelha, têm cinco ou seis furos cada um. Dentro de cada tubo tem um outro tubo menor, partido de forma que vibre para produzir o som. Diferente de outras flautas, a mijuez e outros tipos de clarineta dupla são tocadas com o bucal todo dentro da boca, por um método chamado "repiração circular", que permite ao músico produzir um som contínuo e ininterrupto.
Um exemplo de respiração circular é a gaita usada geralmente para o blues,natural de Nova Orleans,ela também tem o mesmo método de som ininterrupto.
É predominantemente usado para companhar o dabke. Ele é um dos instrumentos de sopro mais antigos.

Kawalla - Instrumento parente dos Nays, feito de uma gramínea típica que cresce até 9 metros de altura.  Existem 9 tipos de Kawala, variando em tom e em tamanho. Possui um som intenso e é muito utilizado em festividades egípcias.
Sua leitura na dança também deve ser feita com movimentos sinuosos e ondulações.

Pesquisa feita nos seguintes sites:

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É preciso transformar a música em dança, num movimento de fora para dentro, mas principalmente, num movimento inverso, externalizar os sentimentos, transparecer a alma, transformar o corpo em música, em dança, em arte. A unidade se faz em todos os sentidos. O seu estilo de dança não será criado. Ele já existe. Basta você abrir espaço para que ele possa surgir. Dance com alma!

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