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domingo, 28 de julho de 2013

Comunicado

Venho comunicar que o material utilizado para estudo e ensaios da coreografia "Elementos" apresentada pelo Grupo Órion no 25º Encontro Sesc de Dança se encontra agora disponível no "Banco de Coreografias", espaço de acesso restrito somente às alunas da professora Ju Najlah.

Contamos agora também com um espaço de Estudos Complementares, no qual serão disponibilizados materiais extras para auxiliar no estudo das alunas da professora Ju Najlah. Sempre que possível serão compartilhados novos materiais. Este espaço também será restrito às alunas  e a senha será passada a cada uma de vocês. Espero que gostem!

sábado, 27 de julho de 2013

Alimentação e dança


Uma alimentação equilibrada é fator de extrema importância para que possamos viver com mais qualidade. Através dela ingerimos o combustível necessário para a prática de nossas atividades diárias. Fazer escolhas adequadas permite que o corpo se movimente com mais liberdade, utilizando as reservas disponíveis da melhor forma possível. 

Assim como os atletas, bailarinas precisam tomar certos cuidados!

Uma refeição pesada antes da prática da dança pode nos atrapalhar pois o estômago exige um maior fluxo sanguíneo para fazer a digestão, muitas vezes por um longo período de tempo (no caso de alimentos muito gordurosos ou com alto índice proteico) . Para isso a circulação sanguínea nos músculos e no cérebro fica prejudicada, podendo nos causar azia, halitose, náusea, cólicas intestinais, além de prejudicar o desempenho físico.

Precisamos estar atentos a nossa rotina alimentar e aos tipos de alimentos adequados para ingerirmos antes das atividades físicas. Nos dias de eventos não se deve sair de casa em jejum. Procure fazer uma alimentação leve e equilibrada, com fontes de carboidrato, fibras, proteínas magras, vitaminas e minerais. Em casos em que seja possível fazer uma refeição completa, como um almoço, a dança só deve ser iniciada após duas horas. Já frutas, sucos e barrinhas são fontes de energia rápida, sendo possível dançar de 15 a 30 minutos após o consumo. Alimentos saudáveis ingeridos até duas horas antes são uma ótima fonte de energia e não atrapalham o desempenho durante a dança. Já refeições ricas em carnes e gorduras demoram até 6 horas para saírem do estômago, devendo ser evitadas antes de qualquer atividade física. Em casos de aulas regulares de baixa intensidade, em que passos novos forem ensinados com pausas para correções ou em situações em que você for dançar por uma hora ou menos, com pausas, carboidratos com pouca gordura são as melhores opções (pães e biscoitos não amanteigados, barras de cereais, frutas e sucos naturais sem açúcar adicional).

Não fique muitas horas sem comer, pois a glicemia pode cair, prejudicando seu rendimento durante a apresentação. Inclua frutas ou barras de cereal nos intervalos.

Outro ponto muito importante é a hidratação. Além do consumo normal de água ao longo do dia, a recomendação é estar bem hidratado no início da dança, com 250 a 500 ml de água consumidos até duas horas antes. E quando sair do palco lembre-se sempre de repor os líquidos com água ou sucos de fruta.
É muito importante que o cuidado com a alimentação faça parte da sua rotina. Um corpo saudável apresenta melhores respostas inclusive ao aprendizado da dança, permitindo maior resistência física e evitando o aparecimento de cãimbras. Um corpo saudável estará apto a executar todos os movimentos que desejarmos.

Aqui vão algumas dicas para uma alimentação saudável:


"NUTRICIONISTAS ENTREGAM AS DICAS PARA COMER BEM E VIVER MAIS

           Ter uma alimentação saudável é essencial para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de        alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames,    hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Por isso, o Minha Vida convocou um time de especialistas para entender os bons hábitos que cada um deles indica para o seus pacientes, mas também segue como se fosse um mantra.
1. NÃO FIQUE SEM COMER: "O mais importante é não passar longos períodos sem comer. Fazer pequenos lanches entre as grandes refeições é fundamental, pois ao restringir energia o metabolismo tende a ficar mais lento, como uma forma de poupar energia que lhe foi fornecida, o que acaba dificultando a perda de peso. Além disso, provavelmente a pessoa irá comer mais na próxima refeição, buscando alimentos mais calóricos, como uma forma de compensação, o que também resultará em ganho de peso." (CARLA FIORILLO, NUTRICIONISTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO)
2. SINTA PRAZER COMENDO: "A alimentação também é fonte de prazer. Não se torne escravo de dietas e calorias, pois existem cada vez mais estudos que evidenciam que pessoas que se preocupam demais com a forma física tendem a sofrer maiores oscilações de peso, além de serem insatisfeitas com o próprio corpo. Estar bem consigo mesmo e cuidar do corpo com atividade física e alimentação saudável são as melhores formas de obter uma boa qualidade de vida." (CARLA FIORILLO, NUTRICIONISTA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO).
3. BUSQUE ALIMENTOS NATURAIS: "Siga uma alimentação o mais natural possível e tente fugir de refeições com muitos produtos industrializados. Se comer um macarrão industrializado, faça você mesmo um molho caseiro. Se quiser tomar um suco de frutas, tente tomar o natural, pois os alimentos industrializados contêm muitas substâncias como corantes e conservantes, que possuem altas quantidades de sódio e podem, em longo prazo, causar hipertensão e sobrecarregar os rins." (DANIELA CYRULIN, NUTRICIONISTA DA USP E DO INSTITUTO SAÚDE PLENA).
4. FAÇA SUBSTITUIÇÕES: "Tente substituir alimentos mais pesados e gordurosos por versões mais leves sempre que possível: faça macarrão de palmito pupunha desfiado, arroz de couve-flor cozida, troque o presunto por peito de peru, compre o atum em água no lugar do atum em óleo, troque os queijos gordurosos por versões mais leves como o queijo cottage e a ricota, substitua o queijo parmesão ralado por ricota defumada e ralada." (DANIELA CYRULIN, NUTRICIONISTA DA USP E DA INSTITUTO SAÚDE PLENA).
"O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido. O famoso "prato colorido" é sem dúvida o mais saudável" 
5. ESCOLHA O LUGAR CERTO PARA COMER: "As refeições devem ser feitas em lugares tranqüilos e sem pressa. Comer bem devagar, sem pensar em compromissos e mastigar muito bem os alimentos fará com que você se sinta saciado mesmo ingerindo uma menor quantidade de comida. Também evite comer assistindo televisão, na frente do computador ou trabalhando, pois nessas situações perdemos a noção da quantidade de comida que estamos ingerindo." (LIDIANE MARTINS, NUTRICIONISTA DIRETORA DO NUTRYUP).
6. FUJA DA FARINHA: "Uma pessoa que está buscando uma alimentação mais saudável deve evitar produtos com farinha refinada, como massas, bolos, biscoitos e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, como pipoca de microondas, sopas prontas cremosas, preparações congeladas, batatas chips e salgadinhos. Também vale caprichar em ervas aromáticas para temperar a comida como: alho, cebola, salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, louro, orégano, sálvia, curry, açafrão e coentro" (LIDIANE MARTINS, NUTRICIONISTA DIRETORA DO NUTRYUP).
7. COMA DE TUDO: "O mais importante é perceber que nenhum alimento é proibido, a não ser que a pessoa precise fazer uma dieta restritiva, caso seja paciente de diabetes ou doença celíaca, por exemplo. É muito comum que as pessoas pensem que comer só salada é uma boa forma de manter a alimentação saudável, mas isso não é verdade. O famoso "prato colorido", ou seja, aquele que tem uma fonte de fibras, minerais, vitaminas e proteínas é sem dúvida o prato mais saudável". (ROBERTA DE LUCENA FERRETTI, NUTRICIONISTA E PROFESSORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA NA UNIVERSIDADE GAMA FILHO).
8. ESTABELEÇA METAS PARA A SEMANA: "Além disso, pensar em longo prazo e criar um hábito saudável é muito importante. Dificilmente a pessoa consegue ingerir todos os alimentos que são fontes de vitaminas que o corpo precisa em um dia. Para isso, ela teria que comer vários tipos de frutas, carnes, legumes e verduras todos os dias. O melhor é fazer as metas para toda a semana. Fica mais fácil distribuir a alimentação adequada nesse período" (ROBERTA DE LUCENA FERRETTI, NUTRICIONISTA E PROFESSORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA NA UNIVERSIDADE GAMA FILHO).
9. SEJA PERSISTENTE: "Muito provavelmente, a mudança para uma alimentação adequada não ocorrerá do dia para a noite. Você deverá provar alimentos que não são de costume como frutas, legumes, verduras. Aceite que o paladar deverá ser estimulado. Desistir na primeira tentativa é um erro. Todos os dias, selecione alguns desses alimentos. Não gostou? Prove novamente. Tudo bem se você rejeitar, inicialmente. Mas desistir na primeira tentativa é subestimar o seu poder de mudança." (ROBERTA STELLA, NUTRICIONISTA CHEFE DO PROGRAMA DE EMAGRECIMENTO DIETA E SAÚDE).
10. ESCREVA SOBRE SUAS REFEIÇÕES: "Comece a fazer um diário alimentar. Escreva todos os alimentos ingeridos durante o dia, as quantidades e horários em que fez as refeições. Facilmente, você perceberá o erro e onde está o excesso. O diário alimentar servirá como um puxão de orelha para quem está fazendo uma alimentação inadequada. Mas, por outro lado, dará um estímulo grande quando perceber que está com disciplina e determinação, conseguindo colocar alimentos saudáveis em todas as refeições e reduzindo a quantidade dos alimentos menos saudáveis." (ROBERTA STELLA, NUTRICIONISTA CHEFE DO PROGRAMA DE EMAGRECIMENTO DIETA E SAÚDE).
11. HIDRATE-SE: "Beba pelo menos dois litros, mais ou menos oito copos de água todos os dias. A água ajuda na hidratação da pele e é fundamental como meio de transporte de algumas vitaminas hidrossolúveis como a vitamina B1, B2, B6, B12 e a vitamina C. Além disso, a água é essencial para que o corpo fique disposto durante todo o dia." (ROSANA FARAH, NUTRICIONISTA E PROFESSORA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE).
12. ATAQUE AS FRUTAS: "Consuma entre três e cinco porções de frutas todos os dias. Laranjas, maçãs, peras, melancia, tangerina, entre outras, são as melhores fontes naturais de vitaminas, minerais e fibras. Esses três componentes auxiliam o bom funcionamento do nosso intestino e auxiliam o nosso metabolismo a continuar ativo mesmo nos intervalos entres as refeições." (ROSANA FARAH, NUTRICIONISTA E PROFESSORA DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE).
13. DEIXE O AÇÚCAR DE LADO: "Alimentos que têm uma grande quantidade de açúcar refinado são dotados de processos químicos na sua produção e possuem altíssimo índice de glicose, que aumentam os índices de glicemia do corpo. Essas características, aceleram o envelhecimento, aumentam flacidez por desestruturar o colágeno da pele e ainda possuem calorias, porém são desprovidos de nutrientes. Hoje em dia encontramos adoçantes naturais como a sucralose, derivada da cana de açúcar, porém sem calorias e sem alto índice glicêmico e a stevia, derivado de uma planta natural." (DANIELA JOBST, NUTRICIONISTA DA CLÍNICA NUTRIJOBST).
14. CONSUMIR ALIMENTOS FONTES DE ANTIOXIDANTES: "As substâncias antioxidantes bloqueiam a ação dos radicais livres no organismo, prevenindo a oxidação das células. Esses elementos são capazes de prevenir o aparecimento de tumores, o envelhecimento precoce e outras doenças. Alimentos com cores fortes, como tomate, goiaba, romã, cenoura, abóbora, manga, açaí, berinjela, uva, folhas verdes, legumes e brócolis, são ricos em antioxidantes." (DANIELA JOBST, NUTRICIONISTA DA CLÍNICA NUTRIJOBST).
15. SAIBA O QUE VOCÊ ESTÁ COMENDO: "O essencial é entender que as calorias são o combustível para o nosso organismo e que, sem elas, o nosso corpo fica sem energia. Escolher os alimentos só pelo número de calorias não é o mais indicado. Muitas vezes as calorias não são os principais perigos dos alimentos. O que na verdade faz toda a diferença na hora de uma alimentação saudável é a qualidade de nutrientes. A quantidade de gorduras, por exemplo. Por isso é importante ler os componentes de cada alimento." (CAMILA LEONEL, NUTRICIONISTA E ESPECIALISTA EM ADOLESCÊNCIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO). 
16. SAIBA COMBINAR OS ALIMENTOS: "O segredo da boa alimentação está em combinar todos os tipos de nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras, minerais, vitaminas, fibras e água. A regra geral é que não há um tipo de alimento que deva deixar completamente a sua dieta, mas sim quantidades de nutrientes que devem ser controladas. Tudo é uma questão de variar o cardápio, não deixar de fora nenhum tipo de alimento e sempre comer em pequenas porções ou quantidades." (CAMILA LEONEL, NUTRICIONISTA E ESPECIALISTA EM ADOLESCÊNCIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO).
17. COMA SEM MEDO: "Hoje são tantas informações sobre a alimentação que as pessoas ficam com medo de comer. Quem procura uma dieta já não sabe mais se é bom ou não comer certo alimento, se é saudável deixar de ingerir certas comidas ou que tipo de substância engorda. Comer é importante, vital para a vida. Para quem tem dúvidas sobre dietas, a alimentação básica que nossos avôs conheciam e praticavam, ainda é uma boa dica por ter todos os tipos de nutrientes que o corpo precisa." (ANA MARIA ROMA DEVORAIS, NUTRICIONISTA ESPECIALIZADA EM DISTÚRBIOS ALIMENTARES),
18. PROCURE O QUE VOCÊ GOSTA: "Comer de tudo um pouco, de todos os grupos de alimentos. Cereais (prefira as versões integrais), grãos, carnes/aves/peixes, frutas, verduras, leite e derivados e até mesmo as guloseimas. Praticar uma alimentação saudável também é saber comer alimentos "não tão saudáveis", mas que são apetitosos e fazem parte da cultura, da tradição de uma família. Não dá para comer só guloseimas , mas não podemos deixar colocar em nossas refeições aquelas comidas que dão sensação de bem-estar." (ANA MARIA ROMA DEVORAIS, NUTRICIONISTA ESPECIALIZADA EM DISTÚRBIOS ALIMENTARES)." (MENEZES)


Fontes de pesquisa:



BRESSAN, Renata, Como se alimentar no dia do show, in Shimmie, a sua revista de Dança do Ventre, ano 1, nº 6, p.38



MENEZES, Fernando. 18 Maneiras de seguir uma alimentação saudável, disponível em http://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/11846-18-maneiras-de-seguir-uma-alimentacao-saudavel, acessado em 27 de julho de 2013.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Melea laff ou Dança com Véu Enrolado


História e Origem
Meleah
ou melaya significa pedaço de tecido. Melea sereer significa lençol ou colcha de cama. Melea laff significa pedaço de tecido enrolado ou lenço enrolado.
No século XIX e início do século XX, era um traje tradicional muito usado pelas mulheres no Egito, independente de classe social.
Nos grandes centros urbanos do Egito, como Cairo e Alexandria, esse véu era quase que obrigatório, fazendo parte da moda. Consistia em um véu preto, feito com material não-transparente (geralmente tecido grosso, escuro e pesado), enrolado ao corpo, da cabeça aos pés, como sinal de respeito e dignidade. O manto era usado principalmente quando as mulheres saíam.
Apesar de o lenço esconder o corpo, seu maior atrativo era a revelação das curvas do quadril e da cintura feita pelo tecido enrolado bem apertado em redor do corpo. Isso é bastante universal e fácil de entender: em todo o mundo os homens são fascinados pela maneira como a mulher se veste para ir à rua. Quando a moça passa por um grupo de rapazes, mesmo discretamente, recebe olhares curiosos por muitos motivos.
Um acompanhamento usual desse traje era a burka, um véu tricotado com amplos buracos, que acrescentavam mistério ao rosto, em vez de cobri-lo.
Hoje em dia, muitas mulheres baladi (do povo) ainda o usam, mas tal costume está gradualmente caindo em desuso e praticamente desapareceu das ruas do Egito.
Cairo e Alexandria
São as duas principais cidades do Egito em termos de difusão cultural.
Cairo é a porta de entrada dos viajantes europeus. Abriga o árabe islâmico, sério, internacional e intelectual. É dominada pelo rio e pelo deserto.
Alexandria é a capital de verão. Recebe o apreciador levantino, cosmopolita, sinuoso e volúvel. O vento e o mar a dominam.
À primeira vista inútil, tal dissecção ajuda a entender a influência dos fatores geográficos e culturais na formação da personalidade dos habitantes dessas cidades e, conseqüentemente, permite identificar dois estilos distintos de manifestação popular na dança.
Na década de 40, Alexandria era a principal cidade de veraneio do Egito. Os turistas eram atraídos pelas praias e pelos balneários elegantes. Nessa época o melea estava na moda e compunha o vestuário das mulheres, mas o clima quente obrigavam-nas a usar vestidos leves e o lenço deveria protegê-las de olhares maliciosos.
O Cairo era a cidade de disseminação cultural e social. Os grandes eventos ocorriam em suas ruas e nas casas de espetáculo.
O universo feminino do Cairo é superficialmente fragmentado em três facetas: a bint al-balad, a falaha e a bint al-zawat. A classificação dessas mulheres busca tão somente didatizar o entendimento do perfil de cada uma delas.
As banat al-zawat são as aristocratas, da classe alta, e são consideradas pelas banat al-balad como vulgares, tolas, fúteis e ocidentalizadas, consideram que aquelas não têm tanta honra quanto essas.
As falahin são do interior e são consideradas pelas banat al-balad como caipiras, lerdas, brutas.
As banat al-balad (filhas da terra), plural de bint al-balad, são mulheres que moram nas regiões mais antigas do Cairo, guardiãs da tradição daquela subcultura. A mulher bint al-balad usa o melea laff supostamente para se cobrir, entretanto o lenço se torna instrumento para um jogo de sedução bem inocente, pois as mulheres baladi são rigorosas quando o assunto é moral.
Figurino e Utilização de Cores
A ascenção do novo egípcio urbano de classe média chamado efendia, primeira geração de origem rural que teve acesso às vantagens da expansão educacional e oportunidades de emprego, fez com que o uso da galabia (vestido feminino) e o tarbush (chapéu masculino) fossem substituídos por roupas ocidentais, que emergiram como um marco do Cairo civilizado.
Como a galabia era a roupa das camponesas (falahin), uma egípcia citadina não poderia mais usar roupas tradicionais do interior do Egito, entretanto a classe trabalhadora não mudou seu jeito de vestir.
Hoje, as variações do tradicional e do moderno são encontradas nos grandes centros do Egito, onde a população se mistura com seus vários hábitos e atitudes revelados por meio da moda usada no dia-a-dia. Nas ruas do Cairo podemos ver beduínos do deserto do Sinai ou os núbios, com um forte senso de identidade regional, usando seus tobes brancos e turbantes. A mulher núbia, assim como a mulher do alto Egito ou said, tradicionalmente usa preto.
A bint al-balad é reconhecida não apenas pelo melea laff, mas também pela maneira bastante atrativa com que o veste. O melea é enrolado de maneira tal que o diafragma e os quadris são particularmente marcados para mostrar a beleza da figura. Pode-se também mostrar um braço nu enquanto o outro permanece coberto.
Compõem o figurino da mulher baladi: um manto preto (o melea); a burka; vestido;
Outros acessórios completam a figura da bint al-baladi: lenço de cabeça; sandália com ou sem salto, ou tamancos; jóias de ouro; kohl.
O lenço possui um tamanho grande feito em tecido grosso e pesado, que pode ser ou não bordado. É geralmente usado dobrado durante a dança. O tecido pode ser crepe chanel, crepe madame ou cetim, que é mais leve. Para o palco o melea geralmente recebe bordado com medalhas douradas ou prateadas.
Um tradicional acompanhamento desse traje é uma espécie de shador (burka) feito em crochê reto de cor preta, com amplos buracos que, em vez de cobrir, acrescentam mistério ao rosto. É diferente dos shadores tradicionais, que escondem totalmente o rosto. A burka é de uso opcional.
O vestido é feito num corte justo e curto. Geralmente na altura dos joelhos, com babados no decote e na barra. Pode ser confeccionado em tecido estampado, sem brilho ou em tecido brilhante e colorido, cortado de modo atrativo, meio aberto, meio fechado, mais indiscreto. Usualmente pode ter um corte chamado low-cut decolleté, que é um corte na parte de baixo do vestido, transpassado ou não. Algumas vezes é ornado com fitas que o fecham ou uma linha de botões que são mantidos parcialmente abertos. Remetem às roupas usadas no dia-a-dia.
Pode-se usar a galabia, numa remissão às roupas tradicionais, confeccionada em cores vibrantes e brilhosas, ajustada ao corpo.
O lenço de cabeça é obrigatório. Feito na cor branca ou brilhante, é ornado nas pontas com grandes flores que pendem como uma franja, ou com pompons feitos de lã, ou triângulos de crochê e canutilhos. Pode-se usar no lugar do lenço uma tiara de flores.
A utilização de tamancos visa pontuar o andar com atraentes toc-tocs. Quando é utilizada sandália, uma tornozeleira marca o caminhar da bint al-balad.
São utilizadas muitas jóias de ouro como brincos, braceletes, pulseiras, anéis e colares etc.
O khol é um tipo de tintura preta ou marrom, que era utilizado como proteção dos olhos contra o sol forte e como desinfetante natural. Por extensão passou para o uso cosmético, especificamente a maquiagem, e embelezador. No antigo Egito possuía também conotações religiosas. Ele é embalado em pequenos frascos de vidros.
Cabe aqui destacar:
a) a mini-saia, que, nos últimos tempos, tem sido empregada no figurino de mela laff não é um traje tradicional. Uma vez que as banat al-balad não permitem comportamento tão avançado! A moça que tenta ser moderna com relação à vestimenta é tratada como se fosse um alienígena. A indignação da bint al-balad é tanta que chega a gestos como jogar no chão a bolsa ou objetos segurados pela jovem, fazendo-a abaixar-se e expor-se ao ridículo;
b) o chiclete, que é mascado durante a dança, trata-se de doce de goma árabe.
Dança
Apesar de dançar profissionalmente não ser considerado certo, as mulheres encontraram uma maneira de realçar suas danças nas ocasiões festivas e comemorações. As mulheres de aldeia do Egito já tinham iniciado essa tradição séculos antes, quando um simples lenço para ombros ou quadril era usado para enfeitar as danças nas festas familiares para mulheres ou nos encontros exclusivamente femininos. O progressivo enrolar e desenrolar do xale, jogando-o ora nos braços, ora nos ombros, tornou-se a base para uma dança ágil, marcada e bastante vibrante.
Melea laff raks
significa dança do lenço enrolado.
A dança com melea laff é realizada pelas mulheres baladi. Refere-se à dança baladi.
Esta dança é vista somente em festividades nos distritos bem rurais e aos poucos está desaparecendo do meio da cultura do povo. Atualmente, no Egito é considerada brega.
Possue uma malícia ingênua. É concomitatemente sensual e satírica. A mulher sabe que está provocando.
A dança com melea representa a dança misteriosa mais usada para o flerte. Começava-se a dançar lentamente com o melea laff, como um instrumento de sedução, alternando o "esconde-mostra" do corpo para criar um tipo de dança provocante, ainda que totalmente coberta. Dessa maneira era propiciado um clima de grande sensualidade, ousadia, descontração e até mesmo exagero, pois vão-se revelando partes do corpo durante movimentos considerados bastante sensuais.
A dança com o melea transportada para o palco obedece à realidade do cotidiano. Busca retratar uma personagem famosa da cultura egípcia que usa seu famoso manto preto: a mulher dos subúrbios das cidades de Alexandria e do Cairo, os dois centros mais importantes do Egito.
De acordo com a separação feita a respeito do espírito dos cidadãos do Cairo e de Alexandria, pode-se afirmar que há uma tênue distinção entre o melea de cada uma dessas cidades.
Melea laff
de Alexandria
Também chamada de Skandarani ou Skendereia (significa proveniente de Alexandria), esta é uma dança de flerte, que fala da vida dos pescadores.
Como Alexandria é uma cidade portuária, a mulher é retratada como sendo forte, ligada ao mar. Ela espera pelo marinheiro dos seus sonhos ou pelo que está no mar trabalhando.
Normalmente na Skandarani aparecem bailarinos com trajes representando pescadores e que interagem com a bailarina.
Melea laff
do Cairo
A cidade do Cairo é moderna, agitada. As mulheres são um pouco mais liberais. Elas freqüentam o mercado da Khan el Khalili. A mulher suburbana usa shador para cobrir o rosto.
A melea está localizada na periferia, nos subúrbios do Cairo. Essa dança é definida como engraçada e fanfarrona. A mulher é debochada. A música é um hit parade, sucessos que fervem nos nightclubs, nas ruas e nas rádios. Usualmente um pop baladi (se é que podemos chamá-lo assim!) nas vozes de Hakim, Ihab Toufiq ou Amir Diab. Ao assistirmos a um tablot de melea no Cairo podemos identificar esses elementos.
A descrição didática visa facilitar o entendimento da personalidade e da expressão das mulheres de uma e de outra cidade.
Essas características (comportamento, modo de vida e estética) foram adaptadas, no final do século XX, por Fifi Abdo, uma das primeiras bailarinas a colocá-la em seu show solo, especificamente numa apresentação na praça de Azbakia, no Egito. Trata-se de um de seus mais famosos shows televisionados (no qual ela faz uma entrada em um guindaste).
Depois dela, a melea imediatamente foi incluída na rotina de dança de várias bailarinas que se apresentam em shows de casas noturnas e de alguns hotéis. É bastante apreciada pela platéia.

Performance
, Teatralização
O véu é um acessório como os snujs, o pandeiro, a espada etc. É necessário usá-lo como um recurso teatral.
Uma apresentação de melea laff é sempre uma encenação, uma performance, uma teatralização.
A mulher baladi com melea laff tornou-se um personagem advindo da necessidade de se criar algo novo. Por esse motivo não são conhecidos códigos reguladores para se dançar a melea.
Pode-se dançar a melea: sozinha; com um parceiro; em grupo.
As mulheres estão às vezes sozinhas, devido à ausência do marido que pesca mar a dentro por várias semanas. Algumas apresentações são de duetos, a bailarina dança com um homem (marinheiro ou pescador) que pode ser um pretendente ou o marido que retornou da pesca.
A mulher baladi é convencida, sabe o que quer. Suburbana, é desaforada, debochada. Em grupo, geralmente as mulheres estão acompanhadas pelas amigas e/ou rivais. A rivalidade é expressa por cenas de briga, que estão ligadas à soltura do melea, ao agarrar dos cabelos e aos xingamentos.
Mahmoud Reda, famoso coreógrafo egípcio e criador do Grupo Reda, na década de sessenta, pela primeira vez apresentou essa fórmula no palco: a interação das pessoas com o mar (representado fisicamente por um longo véu) e o flerte sutil entre os grupos masculino e feminino. As bailarinas deixavam o palco para soltar o melea, retornando rapidamente, enquanto os moços exibiam suas armas. Eram esquetes sobre a Alexandria.
No Brasil
Em 1998, Soraia Zaied, em seu vídeo didático sobre folclore egípcio, forneceu a primeira definição, ainda incipiente, do que era tão comum para o povo egípcio. Dessa forma, iniciou-se um despertamento para buscar entender a personalidade e a expressão cultural do povo do Egito.

Música e Ritmo
Seguindo a premissa de que uma apresentação de melea laff é sempre uma encenação, uma performance, uma teatralização, não podemos estabelecer modelos fixos ou padrões rígidos.
O mesmo vale para a música e o ritmo utilizados.
O que pode-se fazer é estabelecer parâmetros a serem seguidos, mas que não chegam a ser rigorosos.
A música pode ser a tradicional, que fala de amores exarcebados, ou a moderna (popular), que canta o cotidiano e os sentimentos como amor e alegria.
Em algumas fontes consultadas, o ritmo aconselhado foi o fallahi ou malfuf num modo mais acelerado, entretanto como a dança está ligada às mulheres baladi e refere-se à dança baladi, seria oportuno aplicar o uso do baladi ou do maksoum, ritmos considerados mais populares e mais alegres.
COREOGRAFIA E GESTUAL ENVOLVIDO
No Oriente Médio, a melea laff faz parte integral do baladi egípcio.
Nos registros em vídeo, a bint al-balad aparece solteira em busca de um marido e ao lado de várias amigas. Ela gosta de sair para fazer compras e, assim, tem oportunidade para flertar com os rapazes.
Baseando-se nessas informações, a melea laff foi desenvolvida como uma dança que obedece à linguagem delicada do flerte, usada para paquera, para conseguir um marido. O tecido é usado cobrindo e descobrindo o corpo, criando um tipo de dança misteriosa, provocante e sedutora, ainda que totalmente coberta.
Para montar um número de melea laff é importante conhecer os traços marcantes da personalidade da mulher baladi, de modo geral, e da de Alexandria e do Cairo, em particular.
É bem típico dessa mulher: ser alegre, simples e brejeira; gesticular muito ao falar; balançar os seios e a cabeça.
Não é muito delicada na sua maneira de ser, ao contrário é bastante exagerada nos gestos.
Na realidade, ela gosta também de brigar e falar alto para impor suas idéias. É muito comum ver acontecer corriqueiramente nas ruas do Egito uma luta chamada Rad-h, envolvendo essas mulheres em uma discussão que, quase sempre termina em agressão física.
Melea laff
de Alexandria
As moças da cidade de Alexandria são conhecidas e admiradas em todo o país por sua beleza, charme e força. Independentes, costumam andar sozinhas, devido à ausência prolongada dos homens locais por motivos de trabalho. Elas devem se defender dos turistas que invadem suas praias em busca de diversão. É muito comum um homem atrevido receber golpes de tamanco ou de lenço, caso a moça se sinta ofendida com um gracejo inconveniente.
Talvez, por isso a melea da Alexandria seja mais discreta e o lenço é trabalhado mais cuidadosamente.
As músicas geralmente apresentam um momento especial para a dança masculina de Port Said (outra cidade litorânea do Egito). Uma espécie de disputa com punhais a fim de demonstrar virilidade e habilidade marcial. As letras traçam um retrato do cotidiano dessas pessoas e geralmente falam do mar. São exemplos, Benet baharei (filhas do mar) e Benet skanderia (Filhas da Alexandria).
Melea laff
do Cairo
As baladis do Cairo, ao saírem às ruas, andam coquetemente, de tal modo que seus quadris parecem rolar e balançar ao ritmo do som de suas sandálias ou tamancos, de seus braceletes e dos pequenos plocs das bolas de gomas de mascar. Apesar da expectativa de que o melea sirva para escondê-las da cobiça de olhares mais impertinentes, ele é usualmente deixado frouxo o suficiente para escorregar, bem como o lenço de cabelo. Assim a bint al-balad terá que parar no meio da rua, tirar e reamarrar o lenço de cabeça e re-enrolar o tecido em volta de seu corpo, performando, com isso, uma série de gestos fascinantes que certamente atraem a atenção dos transeuntes.
Esses movimentos foram a fonte para estruturar o jeito de dançar uma melea do Cairo: caminha, pára, arruma o lenço de cabelo, enrola o melea, caminha, e assim sucessivamente.
De modo geral, os pés devem estar totalmente no chão, pois é uma representação de personagens do povo de uma forma simples. Os movimentos de quadril são pesados, ainda que graciosos e saltitantes.
Como não há um repertório rígido de passos, pode-se agregar elementos de várias culturas como a brasileira, desde o samba, o axé, o carimbó, o sertanejo até o forró.
A bailarina entra, sem pedir licença, enrolada num lenço preto que de vez em quando é aberto e deixa vislumbrar o fascinante movimento que seus quadris provocam no vestido brilhante e tremeluzente.
O lenço pode ser: deslizado intencionalmente durante a dança e então novamente rearrumado no corpo; apoiado nos braços; envolvido na parte de trás dos braços, antagonizando-se a eles; girado no ar; rodado alternadamente (as pontas); amarrado ao quadril, reproduzindo as mulheres locais na realização de suas tarefas domésticas; e jogado de lado, afinal não há preocupação em exibir o corpo nesse contexto.
É necessário à bailarina que: seja extremamente carismática, muito charmosa e graciosa; realize brincadeiras e gracejos; saiba enrolar, desenrolar e manusear o véu de maneira correta; simule um flerte com seu público.
Para compor o jogo cênico de uma dança com melea, pode-se: fumar a tradicional shisha; bater os saltos dos tamancos juntos; rebolar de forma provocante; usar shador ou burka (feito em crochê) para cobrir o rosto na entrada e depois dispensá-lo, ou permanecer com ele até o final; mascar chicletes ou doce de goma; falar palavras soltas em árabe no meio da música ou cantar junto (recomendado para que tem conhecimento da língua ou pelos menos da letra da música em questão); emitir zagreeta (tradicional grito de exaltação da cultura oriental); simular uma cena de briga ou luta entre mulheres.
Diante dos dados oferecidos até agora, talvez seja mais fácil entrar no espírito da melea laff, uma dança que obedece à linguagem delicada do flerte e aos códigos mais que especiais.

Melea laff
e folclore
Nos últimos tempos tem havido uma discussão a respeito de a dança com melea laff ser ou não folclórica.
De acordo com o Dicionário Houaiss de língua portuguesa, folclore trata do conjunto de costumes tradicionais, crenças, superstições, cantos, festas, indumentárias, lendas, provérbios, manifestações artísticas em geral, preservado, através da tradição oral, no seio de um povo ou grupo populacional.
Recentemente, algumas bailarinas têm divulgado a idéia de que seria uma dança tradicional egípcia, entretanto Rossam Hamzy, famoso percussionista egípcio, afirma que não há nenhuma dança tradicional de melea laff e que, portanto, não se trata de uma manifestação folclórica.
É claro que, devido às exigências de sempre se apresentar algo novo nos shows, a melea laff foi utilizada como uma encenação, uma performance, uma teatralização, e a mulher baladi com o melea tornou-se o personagem principal dessa peça.
Diante do fato de o melea, aqui descrito como um tipo de roupa, estar gradualmente caindo em desuso e praticamente desaparecer de algumas cidades do Egito, e de a melea laff ser somente vista em festividades nos distritos bem rurais (interior) e estar aos poucos se extinguindo do meio da cultura do povo, não é ousado ou errôneo afirmar que a dança com o véu enrolado já alcançou o patamar de dança folclórica.
É folclore porque representa, de uma forma simples, personagens ligados à raiz e à expressão cultural do povo egípcio.
Referências
DANÇAS folclóricas. Revista Khan el Khalili: a arte da dança do ventre, São Paulo, n. 3, p. 4-5, 2001.
DEVADASI. Melaya laff. http://devadasi.multiply.com/journal. Acessado em: 6-7-2007
http://mahaylahzambak.art.br/cultura.htm. Acessado em: 9-8-2007
http://miragebellydance.ca/med_styles.html. Acessado em: 9-8-2007
http://paginas.terra.com.br/arte/kareemah/hp/Artigos/estilos_danca.htm. Acessado em: 9-8-2007
http://www.geocities.com/egyptology2000/ventre2.html. Acessado em: 9-8-2007
http://www.jade.art.br/dance_folc.htm. Acessado em: 9-8-2007
http://www.kashmir.com.br/dancadoventre.htm. Acessado em: 9-8-2007
http://www.magiaoriental.com/glossario.htm. Acessado em: 9-8-2007
http://www.sorayasaad.hpg.ig.com.br/Origem.html. Acessado em: 9-8-2007
JU, Samya. Brevíssima história do meleah laff. http://www.khanelkhalili.com.br/
artigos/dancadoventreartigos002.htm. Acessado em: 3-8-2004.
Meleah laff: mensagens remetidas para lista. In: CUNHA, Paula. Lista de debates sobre danças e dança do ventre. http://br.groups.yahoo.com/group/dancadancadoventre. Acessado em: 3-8-2004.
MESSIRI, Sawsan el. Self-images of traditional urban women in Cairo. In: BECK, Lois & KEDDIE, Nikki (ed.). Women in the muslin world. Cambridge and London: Harvard Univ. Press, 1978.
NAJLA, Nanda. Melea-laff. http://www.nandanajla.com/nandanajla/danca.htm. Acessado em: 9-8-2007
NUR, Dani. Folclore: exposição oral -- anotações de aula, 15 abr. 2007.
PAIVA, Luz. Melea laff: anotações de apresentação de aula. 23 set. 2006.
RAMZY, Hossam. Melaya laff. http://www.hossamramzy.com/bbs/messages/
272.html. Acessado em: 13-8-2007.
SAID, Edward. Reflexões sobre o exílio e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

Texto disponível em vários sites e blogs, com pessoas diferentes assumindo a sua autoria. O acessei em: http://www.webartigos.com/artigos/melea-laff-ou-danca-com-veu-enrolado/18664/#ixzz2WuH6BxCE, no dia 21 de junho de 2013 e compartilho com vocês por ser um texto de muita qualidade!

É preciso transformar a música em dança, num movimento de fora para dentro, mas principalmente, num movimento inverso, externalizar os sentimentos, transparecer a alma, transformar o corpo em música, em dança, em arte. A unidade se faz em todos os sentidos. O seu estilo de dança não será criado. Ele já existe. Basta você abrir espaço para que ele possa surgir. Dance com alma!

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